A Importância da Família
A família é considerada uma instituição responsável por promover
a educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio
social. O papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é de
fundamental importância.
É no seio familiar que são transmitidos os valores
morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização
da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através
de gerações.
O ambiente familiar é um local onde deve existir harmonia,
afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou
problemas de algum dos membros.
As relações de confiança, segurança, conforto e
bem-estar proporcionam a unidade familiar.
A Bíblia ensina que devemos "instruir a criança no
caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele."
Provérbios 22:6
A palavra família aparece 90 vezes na Bíblia (68 no Antigo e
22 no Novo Testamento).
Logo depois de ter criado todas as coisas, a atenção de Deus
foi voltada em criar o homem (Gn 1:26), e logo em seguida lhe deu uma mulher (Gn
2:18), com a qual, em pouco tempo, ele teve filhos (Gn 4:1,2), constituindo
assim, a primeira família da face da terra.
Atualmente, segundo, o INE 2011 (Instituto Nacional de
Estatística), Em Portugal a dimensão média das famílias reduziu-se
significativamente em 50 anos.
O casal (com e sem filhos) continua a ser a forma
predominante de organização da vida familiar. Nos últimos 50 anos assistiu-se
ao aumento do peso relativo dos casais sem filhos, dos núcleos familiares
monoparentais e das pessoas que vivem sós, assim como, à diminuição do peso das
famílias complexas.
Pode-se destacar que a metade dos lares da sociedade
contemporânea já não existe mais o modelo clássico de família, com
pai, mãe e filhos do mesmo casamento.
De acordo com , Carmelita Graciana, uma jornalista cristã, em cerca de 47% dos domicílios, um dos pais está ausente.
Não podemos ignorar aumento de tipo de família nos nossos dias: tais famílias
encontram muito mais dificuldades do que os outros dois tipos para desenvolver
seu papel social.
A Família Monoparental na Bíblia
É preciso compreender que as famílias monoparentais têm mais dificuldades que as demais para cumprir sua função. O que, por sua vez, está provocando uma série de problemas sociais.
Desde há muito, a família Monoparental já está presente na Bíblia. E suas dificuldades e dilemas são conhecidos pela sociedade das épocas retratadas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos.
A viúva de Sarepta, narrada em I Reis 17.8-24, sobre quem
Deus informara ao profeta Elias, providenciaria o seu sustento. Ocorre que
esta viúva informou ter em casa apenas um punhado de farinha e um pouco de
azeite e juntava um punhado de gravetos junto à porta da cidade para cozê-los. A pobre teve a situação ainda mais agravada pela morte de
seu filho.
Porém, por intermédio do profeta, Deus ressuscitou o menino e
prometeu que a farinha de sua vasilha não acabaria e o azeite da sua botija não
faltaria.
O filho da viúva de Naim, episódio narrado no evangelho de
Lucas 7.11-17 A Bíblia relata que o Senhor moveu-se de íntima compaixão
por esta mulher viúva que também acabara de perder o filho e i o funeral,
arrancou-o da morte e o devolveu a ela.
Noemi e sua nora Rute também são um exemplo de uma família
monoparental transitória da Bíblia. O registro desta história salienta alguns
problemas inerentes à família não tradicional como, dificuldades com tomadas de
decisão, com inserção social e com auto manutenção.
Jesus Cristo foi profundamente sensível à causa das minorias
sociais. Eram muitos os segregados em sua época, dado que aquela
sociedade era construída sob uma visão religiosa farisaica.
A Igreja Primitiva, por sua vez, constituiu diáconos para
atender às principais necessidades das viúvas que, por força das
circunstâncias, eram as principais responsáveis pelas famílias monoparentais
daquele tempo.
A autora acima sugere que os atuais ministérios com famílias, a exemplo da igreja
primitiva, precisam incluir em suas pautas também as famílias monoparentais da
Igreja, onde estão muitas vezes, ignoradas, entregues à própria sorte,
obrigadas a administrar sozinhas os seus problemas ou induzidas de modo velado
a se dissolverem nos demais grupos. E, além disso, não pode passar por
despercebido um fenómeno em que praticamente a metade da população atual está inserida, provocando mudanças profundas e irreversíveis também na vida
eclesiástica nacional.
Um conjunto de fatores
influi na situação destas famílias, e não apenas o fato de serem monoparentais.
Uma família sob a responsabilidade de um só pai
supõe, por si só, uma dificuldade estrutural, que torna mais difícil superar
os problemas da educação dos filhos, da economia familiar e da
conciliação entre trabalho e a atenção ao lar.
Por isso é muito valioso o trabalho de prevenção no sentido
de se reforçar com todos os instrumentos educativos, económicos e jurídicos, a
família baseada no matrimónio.
A família é tão importante para Deus, e o segredo para se
ter uma família saudável é, simplesmente, dar aos seus filhos uma boa educação
espiritual (Pv 22:6)
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